A comunicação centrada no paciente constitui uma das principais dimensões do cuidado centrado no paciente. Leia o artigo do Lila sobre o tema.
No artigo anterior, falamos sobre a comunicação como um eixo essencial no tratamento de doenças graves. Continuando a reflexão, falaremos agora sobre a importância da comunicação centrada no paciente.
A palavra comunicação deriva do latim communicare, “usar em comum, partilhar”, neste caso, partilhar informações. Nesse sentido, a comunicação centrada no paciente constitui, se não a principal, uma das principais dimensões do cuidado centrado no paciente. A habilidade na comunicação constitui-se em uma competência fundamental no ofício da medicina.
E, embora não exista um consenso geral na definição operacional da comunicação médico-paciente, existem propostas conceituais das quais destacamos a de McCormack (McCormack et al., 2011) que identifica sete funções nucleares desta comunicação:
- Troca de informações
- Promoção de um relacionamento curativo
- Gerenciamento de incertezas
- Reconhecimento e suporte emocional
- Apoio na tomada de decisão
- Apoio na autogestão e na navegação dos pacientes
Essa classificação nos permite observar que a comunicação médico-paciente busca atingir múltiplos objetivos terapêuticos, o que nem sempre é transparente para o paciente e para o profissional de saúde. Nos próximos números desse blog aprofundaremos os diferentes elementos dessa lista.